O modelo de financiamento do novo areoporto está, pelos vistos, mais ou menos equacionado. O investimento será suportado por uma parceria público-privada e o "project finance", ao que se sabe, prevê a concessão aos privados do monopólio sobre a gestão do espaço aéreo português e dos aeroportos.
Isto é, vamos substituir um monopólio público por uma monopólio privado. Como já disse sobre isto o Prof. Daniel Bessa, pior que um monopólio público só um monopólio privado.
Lá vamos ter os utentes e os cidadãos a pagar tudo isto. Engane-se quem pensa que isto é um negócio equilibrado e que os riscos serão igualmente distribuídos entre o Estado e os privados. Os privados já têm do lado deles a garantia da receita para o que vão investir, fora aquilo que ainda hão-de conseguir do Estado...
Perante tudo isto, o melhor é mesmo discutirmos, todos, a localização do novo aeroporto. Este é o tipo de discussão futebolística que tanto apreciamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário