Nesta discussão sobre o novo aeroporto deve-se seguir, a meu ver, o método do Poirot: deve-se procurar quem é que ganha com a sua construção. Para além dos interesses do "betão" do costume, este aeroporto serve, sobretudo, à TAP. A TAP precisa de concentrar as suas operações e a Portela já não serve como "hub". Quanto às outras companhias, como é natural, aterrarão onde puderem (Porto, Faro, Portela, etc)e onde lhes disserem para aterrar (ninguém, seriamente, acredita que nos venhamos a constituir como uma "placa giratória intercontinental").
Em si mesma, parce-me uma boa razão. A TAP precisa, logo faça-se. A questão que, um tipo chato como eu, se pode colocar é a seguinte: os interesses da TAP correpondem ao interesses da população em geral? Eu tenho dúvidas. Se o objectivo, como se espera, é o de vir a privatizar a TAP, o que se pretende, mais uma vez, é com recurso aos contribuintes do costume, criar um negócio mais ou menos interessante para uma série de investidores privados.
Falta, ainda, um ponto da discussão que tem que ver com o modelo de financiamento do novo aeroporto. Lá iremos.
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