terça-feira, dezembro 11, 2007

O Tratado de Lisboa

Começo a ver o "Prós e Contras e, depois, não resisto. A questão do referendo não pode continuar a ser uma arma de arremesso político, sobretudo, de muitos partidos da esquerda e de outros de direita. Mais, esta questão do referendo serve, essencialmente, para manter uma posição dúbia, por mera estratégia política de curto prazo, quanto à sua opinião em relação à integração europeia.

A meu ver, isto só tem uma solução. É efectuar um referendo em que a pergunta seria qualquer coisa como: "Considera que Portugal deve pertencer à União Europeia?". Esta é a pergunta, definitivamente, clarificadora.

Não podemos estar sempre a votar de forma esmagadora em partidos que têm programas políticos, claramente, a favor da integração europeia e, depois, a termos dúvidas quando eles se limitam, na prática, a aplicar esses programas políticos.

Por isso, vamos por partes. Primeiro é preciso saber, definitivamente, quem é ou não favorável à integração europeia. Depois, se prevalecer o sim, como espero, temos que respeitar a democracia representativa. Não a podemos estar sempre a por em causa a propósito da nossa participação na União Europeia.

É que, no limite, o que estamnos a fazer é a corroer os princípios em que assenta a nossa democracia representativa. É que não me parece possível outro modelo de democracia. Mais do que a questão da integração europeia, isto é o que me preocupa.

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