domingo, dezembro 20, 2009

Crise internacional: a culpa é do povo (que lhes continua a pagar os salários para estudarem parvoíces)

Bem me parecia que a crise económica actual era culpa de todos. O livro (“Crise Financeira Internacional”) de Fernando Alexandre, Ives Gandra Martins, João Sousa Andrade, Paulo Rabello de Castro e Pedro Bação explica tudo. É simples, tudo de se deveu a um excesso de optimismo das famílias e do Estado face ao futuro. Os cidadãos começaram a aspirar a padrões de vida irrealistas, como ter casa própria e isso, o Estado, como sempre, baixou a guarda em matéria de regulação porque isso era conveniente para alimentar essas aspirações dos cidadãos.

A vítima foi o sistema financeiro internacional. Estava danadinho para ser regulado; e nada. Estava sem nenhuma vontade de acumular lucros obscenos resultantes das actividades especulativas mais delirantes, e teve que se ver na obrigação disso. A teoria económica dominante da auto-regulação dos mercados, muito adorada na Reserva Federal Norte-Americana e pelos economistas "standart", foi um pouquinho longe de mais, mas foi pelas melhores razões e por ingenuidade. Hoje está arrependida e com uma enorme vontade de se corrigir.

Enfim, lá se acaba por concluir que a actual crise internacional se deve tanto (ou mais) a falhas de Estado como a falhas de mercado.

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